O elástico é resultado de uma mistura de ingredientes. Ele é feito de fios de fibras existentes na natureza, caso do algodão, ou sintéticas, como o poliéster. Para ganhar elasticidade, o item também precisa contar com fios elásticos de origem natural, a exemplo do látex de borracha, ou artificial, como o elastano.
A borracha natural é retirada em forma de látex (uma espécie de leite). Para obtê-lo, o tronco da árvore seringueira é ‘riscado’ e, desses cortes, ele é extraído pelo profissional conhecido como seringueiro. A partir de então, a substância pode ser misturada com outros itens químicos, caso da amônia, para continuar líquido ou secar para tornar-se sólido.
HISTÓRICO A extração comercial da borracha teve início após o descobrimento da América, quando navegadores notaram que índios brincavam com bolas elásticas feitas de um material vindo do tronco de certas árvores.
Ao observar o material de maneira mais detalhada, perceberam a utilidade extra do item, capaz de apagar escritos. Porém, a borracha extraída e seca desmanchava e perdia suas propriedades facilmente. Somente após o descobrimento do processo de vulcanização (adição de componentes sulfurosos à borracha e os colocando em altas temperaturas e pressão), em 1839 é que o uso da borracha se tornou mais estável e duradouro. Esse foi o pontapé inicial de sua utilização em larga escala, pronta para ser comercializada.
A borracha vulcanizada é muito usada na indústria automotiva, dando origem a peças e pneus. Mas também há uma diversidade de aplicações, a exemplo de sua presença em solas de sapato e borrachas escolares.
CURIOSIDADES: A duração do elástico na natureza depende do material com que é fabricado. Um elástico feito com algodão e elastodieno (borracha natural) leva em torno de 20 anos para se decompor. Já um elástico de fio de poliéster e elastano pode levar até 100 anos;
A seringueira teve origem na América, mas algumas mudas foram levadas ao Sudeste asiático ao longo dos anos. Hoje, os maiores produtores de borracha são Tailândia, Indonésia e Malásia.
Consultoria de Pedro Luiz Cilotti, diretor-proprietário da Real Especialidades Têxteis, fabricante de elásticos para roupas.
Pergunta de Sofia Banzatto Basilio, anos, de Santo André, adora arrumar o cabelo com elástico. “Uso muitos, mas não faço ideia de como são produzidos. É algo tão comum no dia a dia que gostaria de saber.”